Saía de um camburão,
o homem com cabelo sujo,
quase em combustão.
Angelo estava na prisão
daquele delito delinquente
cometido no disfarçar do romance.
A chuva começou seis da tarde
e foi enchente até a encosta,
mas no delicado ser do encontro,
o brilho singelo do orvalho
era o que lhe aparecia no entanto.
Frente aos lábios túrgidos
aquela criança, perdida,
encostada na encosta
do muro dos desejos.
Ele, que olhava tão poeticamente
o cata-vento rodando,
agora encostava em seu cabelo,
de fios finos e soltos,
ao pulsar da vida.
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